sexta-feira, novembro 20, 2009

Canção do amor imprevisto

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mario Quintana


2 comentários:

Daniel Braga disse...

AI que lindo amoreeeee... esses poetas.. hum..

~Visita meu blog hein, vadia! Te amo ♥

*DB*

Joannah disse...

Mario é Mario....ele é foda! kkkkkk

.:Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará!