segunda-feira, abril 30, 2007

branco e preto

Cores jogadas pro alto
Rostos que não percebemos
Noites em claro
Dias olhando pro nada
À toa sem perceber
Dias que ficam pra trás
E que por algum motivo não voltam
Mas também não deixam seguir
Oportunidades perdidas
Nem sequer vistas
Sentidos já não tão apurados
Deixando de existir lentamente
Na espera de um único futuro que o satisfaz
Deixando de existir somente
Na esperança de um único futuro que o satisfaz
Quanto tempo agente perde
Sem querer e sem poder
A espera de um milagre passageiro
Porque só um sorriso te alegra
Só um olhar te cega
Só um andar te leva
Só uma mente te liberta
E todos os outros se tornam nulos automaticamente
Um dia os sintomas desaparecem
E quando vemos o que a febre nos causou
Muito mais que simples cóleras
Muito mais que bobas alucinações
Febre cega e paralisa
Mata de rir ou mesmo tempo que entristece
Já não somos os mesmos
Há quem dite as regras por nos
Só porque nos permitimos
Nos deixamos dominar
Entramos em um jogo
Sem querer jogar
E deixamos que ganhem por nos
Na ilusão que vamos perder
Um dia agente agradece aos céus
Por nos curar
Esperamos embebedados
Ate que esse dia chegue
Só pra se libertar
Só assim agente e capaz de enxergar
O que perdemos
E o que fazemos
Por amor.

Nenhum comentário:

.:Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará!